1. Quando se envolveu com a escrita?
Bom, eu sempre
gostei de escrever, desde criança, então acho que a coisa fluiu naturalmente
pra mim. No entanto, nunca havia pensado em publicar nada, até que um dia
mostrei um texto pra uma amiga e ela me encorajou. Apenas dois meses depois eu
já tinha um contrato assinado com uma editora portuguesa. Depois disso, nunca
mais parei.
2. O que você quer passar para seus leitores?
Cada livro tem
algo a acrescentar na vida de um leitor. Não necessariamente uma “moral” ou uma
“mensagem”. Quem lê um livro sempre
aprende alguma coisa, ainda que seja uma palavra diferente a acrescentar no seu
vocabulário. De minha parte, acredito que o bom livro é o que mexe com os
sentimentos do leitor. É o que eu tento fazer nas minhas histórias: despertar
algum sentimento, seja raiva, amor, tristeza... Não tem nada pior para o
escritor do que deixar um leitor indiferente.
3. Sabendo que nos dias de hoje os jovens tem se
interessado mais pela leitura, qual é o seu público alvo?
Escrevo para
jovens e adultos. Já me aventurei na escrita infantil também, mas minha paixão
são os romances mais maduros. Senhores dos Sonhos, lançado esse ano pela
editora Buriti, foge um pouco a esse aspecto, contando com uma trama um pouco
mais juvenil do que o convencional de minhas obras.
4. Conte como foi sua experiência de começar a
escrever livros.
Comecei a
escrever livrinhos quando aprendi a juntar as primeiras letras. Estragava todo
o meu material escolar e isso me rendeu muitas broncas e algumas palmadas.
5. Dizem que os personagens dos livros têm um pouco
do autor. O que tem no seu livro sobre você? Por quê?
Pode ser que
alguns personagens tenham um pouco do autor, sim. Mas não creio que seja uma
regra, especialmente depois que se cria muitos personagens com personalidades
distintas. Nem teria como manter o ponto de vista do autor em todos, não é
mesmo? No meu caso, não acho que algum dos meus se pareça comigo, nem
fisicamente, nem na forma de pensar e agir.
6. Quais seus autores e livros favoritos?
Meu eterno
“muso” inspirador é o Carlos Ruiz Zafón. Também curto bastante a escrita da
Anne Rice.
Entre os
brasileiros, meus preferidos são Carla Pachêco (autora da série Perfume de
Hotel) e Décio Gomes (autor da série As Crônicas Ridell, entre outros), que em
minha opinião, é um dos maiores talentos da literatura nacional contemporânea.
7. Quais são seus próximos projetos?
Esse ano Legado
de Sangue está chegando definitivamente ao Brasil. O livro estará à venda ainda
no primeiro semestre. E no final do ano, teremos mais lançamento, mas ainda é
segredo.
8. Qual é a sensação de saber que estão lendo seus
livros? Qual é a sensação de ter seu trabalho reconhecido?
Sem dúvidas é
gratificante. Como mencionado acima, o bom é quando o leitor diz que o livro
despertou nele algum tipo de sentimento. Pra mim não tem sensação melhor do que
ter um mocinho elogiado ou um vilão xingado por um leitor (ou vice versa). E é
justamente esse o reconhecimento mais válido, o contato com o leitor.
9. Quando era criança, você pensava em escrever um
livro?
Sempre escrevi,
mas sem intenção de publicar. Era mais uma coisa minha mesmo, sempre fiz sem
maiores interesses.
10. Você em um novo projeto pensou em basear
memórias de sua vida pessoal que não tenha falado para ninguém e publicar em um
livro?
Não, nunca
pensei em colocar nem parte das minhas experiências pessoais em um livro.
11. O que, hoje, seu trabalho como escritora mudou
sua vida?
Considero-me uma
escritora iniciante. Não tenho uma grande editora nem um grande número de
leitores ou de obras publicadas. Mas agradeço pelo pouco que conquistei, pelas
pessoas que conheci e pelos amigos que fiz nesse meio literário. Também por
todo o conhecimento que acumulei, sobre mercado editorial e sobre como as
coisas funcionam de verdade. Por isso,
valeu a pena até agora.
12. Como vê sua vida hoje? Está feliz, satisfeita ou
quer algo mais?
Ainda há muito a
construir, a conquistar. Sou uma pessoa inquieta, penso que estou apenas
alcançando o primeiro degrau de uma longa escadaria que preciso subir. Sei que
não será fácil, mas se fosse, que graça teria?
Obrigada pela oportunidade! Beijos!
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